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Foto do escritorCaroline Oliveira

Guia de como fazer um roteiro: A ideia no papel




Para ajudar você a tirar sua ideia da cabeça e colocá-la no papel, criamos este guia de como escrever um roteiro. Aqui você encontrará um passo a passo de como escrever um roteiro, aprenderá a estrutura de um roteiro clássico e sua formatação adequada para o mercado profissional.


O roteiro é um documento essencial para que projetos audiovisuais ganhem forma. Neste texto, você encontrará dicas de como elaborar o seu de forma estruturada e profissional.

Trata-se de um documento narrativo que guia as cenas e diálogos de qualquer produto audiovisual: filmes, comerciais publicitários, programas de TV, animações, vídeos para redes sociais, podcasts, videocasts e até mesmo games. Neste texto, focaremos na construção de um bom roteiro para filme, caso queira uma aula mais detalhada assista o CURSO LIVRE 3: ROTEIRO:





Agora vamos para alguma dicas que podem tem ajudar:

Você precisa de uma história, com personagens bem desenvolvidos e um conflito, e, mais importante desenvolver sua ideia. Um bom roteiro não nasce apenas da imaginação, mas também de uma base bem estruturada de informações e referências. Aqui estão algumas dicas para realizar um trabalho de pesquisa eficaz antes de começar a escrever seu roteiro.


1. Defina Sua Ideia

Antes de iniciar a pesquisa, tenha uma ideia clara do que você quer explorar no seu roteiro. Pergunte a si mesmo:

  • Qual é o tema central da minha história?

  • Quem são os personagens principais?

  • Qual é o conflito central?

  • Qual o gênero do filme (drama, comédia, suspense)?

  • Quem é o público-alvo?



2. Pesquise o Tema

Aprofunde-se no tema escolhido utilizando diversas fontes:

  • Livros e Artigos: Oferecem uma base teórica sólida e detalhada.

  • Filmes e Séries: Analisando obras semelhantes, você pode aprender como outros roteiristas trataram o mesmo assunto.

  • Documentários: São excelentes para entender a realidade por trás do seu tema, especialmente se for baseado em eventos reais.


3. Defina o Conflito

O conflito é o motor da sua história. Pode ser interno (dentro do personagem) ou externo (entre personagens ou entre o protagonista e elementos externos). Todo roteiro tem um conflito essencial que deve ser resumido em uma única frase, a premissa do filme.


Os conflitos podem ser gerados por carência (falta de algo), como em 500 Dias com Ela, ou por uma dor (perda de algo), como em Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças. O personagem necessita de algo que não tem ou perde algo que tinha. Em ambas, o personagem precisa conquistar um objetivo. Para isso deve enfrentar obstáculos (circunstanciais), complicações (casuais) e forças contrárias (desejos de outros personagens). E para qualquer conflito existem três tipos de resolução possíveis: o sucesso, a falha ou a renúncia.


4. Construa os Personagens

Desenvolva personagens complexos e realistas. Defina minuciosamente seu perfil: religião, cor preferida, infância, medos. Isso ajuda a dar consistência ao personagem e fornece uma base sólida para a atuação e direção de arte.


5. Desenhe a Curva Dramática

A curva dramática é a variação de intensidade do filme em relação ao seu tempo de narrativa. Ela parte de um ponto inicial equilibrado, sofre uma ruptura que aumenta a tensão, chega ao clímax e depois desce até um novo equilíbrio na conclusão.

Além de dividir a ação em três atos (começo, meio e fim), roteiros que contemplam a trajetória de personagens se desenvolvem melhor quando apoiados na chamada curva dramática.



Conforme mostra o gráfico acima, consiste no crescimento da ação até o cume (clímax). É graças a curva dramática que embarcamos na história, torcendo pelos personagens.


6. Escreva o Argumento

O argumento é um esboço detalhado da história, mais dramático que uma sinopse, escrito em prosa, no tempo presente. Deve inspirar no leitor os sentimentos e emoções do roteiro e apresentar todos os personagens importantes para o enredo.


7. Faça a Escaleta

A escaleta é a estrutura do roteiro, um resumo de cada cena que demonstra como a história irá se desenvolver. A escaleta nada mais é do que a estrutura do roteiro, onde constará as cenas em ordem e o que acontece em cada cena. O jeito de escrever a escaleta pode variar de roteirista para roteirista, mas geralmente não costuma ser muito detalhada, contendo apenas as informações básicas para orientar a escrita definitiva posterior.


Aqui vai um exemplo:

Cena 1 – O explorador Antônio se aproxima da entrada da caverna. Ele foi atraído pelo rastro de fumaça que subia alguns metros.

Cena 2 – Antônio chega a entrada da caverna e encontra o naufrago Fernando, o tutor do curso. Fernando explica para Antônio como foi parar ali e deixa claro que a aventura de Antônio começará assim que ele entrar na caverna, sem poder retornar.

Cena 3 – Antônio entra na caverna e se depara com o primeiro desafio.


Não há necessidade de trabalhar a escaleta para que fique bem escrita, mostrando “detalhadamente” a cena e funcionando como um “pré-roteiro”. Fica a dica: use a escaleta como instrumento guia, de forma bem prático e, acima de tudo, sem “frescuras”!


8. Escreva o Roteiro

Com o argumento e a escaleta prontos, é hora de se concentrar nos diálogos e montar o roteiro. Existem padrões de formatação para a escrita de um roteiro profissional, como o formato “Master Scenes”, que permite que cada página corresponda a um minuto de filme. Use softwares de roteirização como Celtx ou Story Writer.

Estrutura de um Roteiro

Um roteiro clássico é dividido em três atos:

  1. Primeiro Ato: Apresentação do universo e personagens. Ocorre a introdução do conflito.

  2. Segundo Ato: Desenvolvimento da história. O protagonista encontra obstáculos e trabalha para resolver seus conflitos internos e externos.

  3. Terceiro Ato: Resolução da história. Acontece a reviravolta final, o protagonista alcança seu objetivo e soluciona o conflito.


Revise e Apresente para Outras Pessoas

Revise diversas vezes, leia em voz alta e mostre seu roteiro para outras pessoas. Novos olhares podem render boas e novas versões. Grandes filmes passaram por diversas versões até atingir o resultado final.




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